domingo, 4 de março de 2007

O POVO QUE PLANTA PEDRA


O Papo de Índio deste final de semana destaca uma crônica do sertanista José Carlos dos Reis Meirelles Jr., chefe da Frente de Proteção Etnoambiental Rio Envira. O antropólogo Marcelo Piedrafita Iglesias sugere aos leitores do blog a leitura da crônica com a seguinte observação:

"Vida longa ao Meirelles, que, de longe, nas cabeceiras do rio Envira, em seu digno trabalho e seu jeito tão próprio de viver e ver o mundo, nos suscita oportunas reflexões, em meio às perspectivas que se delineiam hoje para as florestas acreanas e seus moradores, nesses novos tempos, do "ouro negro", das estradas (as BRs e as binacionais) e do manejo madeireiro. Para não falar da BR-319 (Manaus-Porto Velho), do gasoduto Urucu-Porto Velho e das hidrelétricas do Madeira, todos logo ali, a leste, e das atividades das empresas petrolíferas e madeireiras nas florestas do Peru, ao longo de nossas bacias hidrográficas e fronteira comuns.

Enfim, parece que um certo modelo de desenvolvimento, assentado sobre as grandes obras de infra-estrutura e a questionável extração de recursos da floresta e de seu subsolo, está prestes a se consolidar na parte mais ocidental da região amazônica. Certamente, ele não é coincidente com as formas de vida e os anseios dos povos da floresta, com as agendas, históricas e atuais, de suas lideranças e organizações de representação política ou mesmo com os sonhos e planos do Governo da Floresta, que, no Acre, deles brotou há quase uma década".

Leia o Papo de Índio.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vida longa ao Meirelles,que já provou ter santo forte.Sua garganta foi atravessada por uma flexa, se não me engano de índios arredios. Meirelles é um dos poucos que sabe como é que se faz pedra,merece ser ouvido.

Anônimo disse...

É o Leviatã tentando engolir o Mapinguarí e o Cobra Norato. Temos que lutar prá impedir que ele consiga. Se apesar de tudo conseguir, que ao menos regurgite algo decente e distribua por igual aos seus filhotes.