quarta-feira, 6 de junho de 2007

COCAÍNA NO JUDICIÁRIO DO ACRE

E X C L U S I V O

Droga estava em valise guardada no almoxarifado


A Polícia Federal apreendeu ontem, nas dependências do Poder Judiciário do Estado do Acre, 800 gramas de cocaína. A droga estava escondida dentro de uma valise no depósito existente entre os juizados Criminal e o Cível, na travessa Riachuelo, no bairro José Augusto, em Rio Branco.

Trata-se de mais uma etapa da "Operação Almoxarife", desencadeada pela PF, que revelou a existência de um esquema de tráfico de cocaína que envolvia o servidor Ocivaldo Moreira da Silva, um ex-presidiário mantido há anos com cargo comissionado no Poder Judiciário, e Cleodilson Macambira, que fora cedido à insitutição pela Assembléia Legislativa.


Os dois facilitavam o tráfico de cocacína em carros oficiais. Presidiários que cumpriam pena em regime semi-aberto e prestavam serviço no almoxarifado do Tribunal de Justiça usavam os carros para transportar cocaína adquirida em Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia. As placas brancas dos carros inibiam a fiscalização.

O Tribunal de Justiça se mantém ciente da "Operação Almoxarife" e tem colaborado com a PF quando solicitado, prestando as informações necessárias à apuração dos fatos. Foi o que aconteceu nesta semana, quando Marcela, mulher de Ocivaldo, tentou várias vezes ter acesso ao almoxarifado do Tribunal de Justiça.


- Suspeitamos da insistência dela e decidimos solicitar que a Polícia Federal vistoriasse o depósito. Com certeza o delegado encarregado do inquérito pedirá ao juiz da Vara de Entorpecentes a prisão da mulher por associação ao tráfico - disse ao blog o juiz José Augusto Fontes, titular do 1º Juizado Criminal de Rio Branco.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nada muda, tudo continua a mesma coisa, fala-se muito e agi-se pouco, nossa justiça não é cega, pois ela enxerga os dolares. Certo de que sempre teremos sua colaboração para pelo menos tentar mostrar a nossa população em que meio estamos vivendo. Um abraço agredecido por sua colaboração em favor da etica.
"Para que o mal prevaleça, basta que os bons façam nada."

Aluizio Shariff
Mara Márcia Machado

Anônimo disse...

Um pouco mais devagar com o andor, Aluizio e Mara Márcia. Os envolvidos apenas serviam na gestão do almoxerifado. Evidente que se serviram da posição - tinham ação na administração do almoxerifado - para conseguir um local de depósito que julgaram seguro. Mas isso não envolve a ação da Justiça no caso. Pelo menos se tomamos como referência o conteúdo do texto do Altino, o fato nada tem a ver com a forma de agir de qualquer serventuário da Justiça. Principalmente magistrados que executam a ação da Justiça.