quinta-feira, 24 de abril de 2008

SONOLENTOS EM "DIAS" ESCUROS

Mário Lima

Caro Altino, como o blog do deputado Moisés Diniz não aceita comentários que tenho enviado, segue o último que tentei incluir num post dele. Sendo possível, post no seu blog. Abraço.

Caro deputado Moisés Diniz

inspirado no seu exemplo, quando solicitou que as pessoas olhassem o mapa, resolvi pedir-lhe, também, que leia a coluna Gazetinhas, do jornal A Gazeta, edição de terça feira (o blog do Altino Machado publicou essa e outras passagens das Gazetinhas sobre o assunto fuso horário). Recomendo a leitura, particularmente, da passagem seguinte:

"Deu o exemplo das crianças da Vila Califórnia, que segue o horário de Rondônia, as quais em certa época do ano acordam ainda no escuro e vão para a escola de lanterna."

Assim, caro deputado, entendendo serem os comunistas defensores das causas dos trabalhadores, como ativistas que lutam pelo bem-estar do povo, da classe trabalhadora mundial, acredito que o senhor compreenderá que em nada contribui para o bem-estar das famílias acordar no escuro e se por a caminho da escola e do trabalho.

Não há como negar que, se adotado, esse horário apenas retirará das famílias, principalmente das familias dos trabalhadores, uma hora de sono restaurador, dado que sono nos horários de melhor condições de temperatura.

Leia o trecho e não esqueça de olhar a fotogafia exibida pelo Evandro Ferreira para a compreender a situação que cercará o horário das seis horas da manhã, quando a lei da mudança for sancionada (a foto a que me refiro está publicado tanto no blog do Evandro, como no blog do Altino Machado).

Caro deputado Diniz, nós que integramos o movimento socialista, nós que estamos lado a lado na luta pela emancipação, temos o motivo essencial para estarmos, também, lado a lado, nessa questão do fuso horário. Ou seja, temos o motivo para sermos contra a tal mudança.

Mais um detalhe: olhando o mapa, seguindo a sua recomendação, vemos que a quase totalidade do território acreano está incluída no fuso horário corresponde a Greenwich menos 5 horas. Logo, mudar significa, sem margem para dúvidas, estabelecer um horário que nos fará iniciar o "dia" no escuro e sonolentos. Pronto, olhei (de novo!) o mapa.

Mário Lima é professor de economia na PUC - São Paulo

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