quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DOIS BONS COMENTÁRIOS

Comentário de um anônimo:

"Sem sobra de dúvida, sob alguns aspectos, esses 3 últimos governos do Acre são os mais autoritários, anti-participativos e anti-democráticos que já se viu. Os outros governos assumidamente de direita pelo menos tinham a coragem de enfrentar as manifestações contrárias advindas dos setores sociais, nem que fosse mandando a polícia descer o cacete, mas aí pelo menos mostravam a cara.


Estes últimos, pelo contrário, minam as tentativas de mobilização social por dentro, cooptando (comprando) lideranças, bancando eventos e movimentos paralelos com o fim de desqualificar os outros e legitimar os seus movimentos. Chegamos ao ápice do totalitarismo em que o governo não só tem o poder central, mas define o pefil, a atuação e as características dos "movimentos sociais" de acordo com suas conveniências, tal como tem feito com organizações de seringueiros e indígenas.

Só a título de curiosidade, e aproveitando o 20º ano do assassinato de Chico Mendes, é interssante perguntar sobre a sitaução em que se encontram alguns parentes de Chico Mendes lá por Xapuri, principalmente aqueles envolvidos na viabilização do tal "Manejo Madeireiro sustentável", apresentado como se fosse idéia do Chico e que esses parentes hoje ajudam a legitimar como algo ambientalmente seguro e como se fizesse parte dos projetos daquele movimento dos anos 70 e 80.

Vale perguntar como (e quanto) estão sendo remunerados esses representantes "legítimos" dos seringueiros que, sob essa máscara, estão promovendo a ação madeireira dentro das Reservas Extrativistas e convencendo muitos outros "companheiros" a também se tornarem exploradores de madeira dentro de suas áreas? Vale perguntar se eles ainda cortam seringa para poder serem chamados de "seringueiros", ou se apenas deixam um kit de corte preparadinho lá no canto para quando chega um turista, um jornalista ou quem quer que seja com uma câmera filmadora? Vale perguntar como é que ocorrem as eleições das entidades "representativas" desses seringueiros em Xapuri e Brasiléia, quanto o governo mobiliza e que estratégias adota para assegurar a vitória daqueles que ele chama de "verdadeiros herdeiros da tradição de luta de Chico"?

Li uma vez numa entrevista daquele Osmarino Amâncio (divulgada no Centro de Mídia Independente - CMI Brasil, disponível no link: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/05/316041.shtml), que por não concordar com a idéia de seringueiros virar madeireiro e por liderar um movimento de oposição a isso em sua região, ele foi proibido pelo governo até mesmo de dar entrevista na rádio difusora lá de Brasiléia.

Como se vê, tanto na questão indígena quanto dos seringueiros, esses são os métodos democráticos implementados por esses últimos governos no Acre, essa é a sua contribuição para o "aprimoramento" da democracia e da participação "social" numa terra de tanta tradição de luta e resistência, resistência essa que eles estão dobrando na base da força do dinheiro, da distribuição de cargos e do uso da máquina pública. Esse é o feliz governo que tem o poder e a conveniência de definir quem e como será a cara de sua oposição e de seus movimentos sociais, como esse Encontro de Culturas Indígenas, que não por acaso lembra aqueles eventos feitos "para inglês ver", de uma autenticidade bastante questionável. Não custa nada lembrar, por fim, que tanto nessas organizações indígenas quanto dos seringueiros-madeireiros tem muita verdinha circulando, talvez mais até do que no orçamento do governo do estado".


Comentário de Nilton Amorim:

"O mais engraçado é que Francisco Pianko,"secretário dos povos indígenas", é filho de uma cearence, Piti, com um índio oriundo de terras peruanas. Só para lembrar a população Ashaninka a qual ele também é lider juntamente com seus irmãos mestiços, são aproximadamente 430 pessoas, somente vinte falam português, os que falam português são mestiços ou filho de mestiços, por isso ele é lider, porque fala bem o português e foi bem educado pela sua mãe cearence, a língua que ele utiliza para falar com membros de sua comunidade vem do tronco aruak, isto é, somente a etnia Manchinere nas cabeceiras do rio Yaco que entende.

Em contrapartida o tronco linguístico Pano que é a maioria das etnias indígenas acreanas representa mais de 80% da população indígena do Acre não tem um "secretário de povos indígenas", isto é, só para se ter idéia há no Acre aproximadamente 2200 Kaxinawas, mais do que Ashaninkas e Manxineri juntos. Isso significa que a seleção de um representante indígena para o PT se dá pelo currículo do cidadão. Pergunto: algum outro indígena viajou mais do que a família Pianko? França, EUA, Espanha... As "amazonas" do Acre precisam serem guerreiras de verdade para mudar essa situação desonesta e unilateral".

22 comentários:

Anônimo disse...

Este anónimo sugere a todos os anónimos combativos e lutadores o seguinte: Ao invés da guerrilha na blogosfera, sentadinhos em frente as telinhas LCDs, com nossas conexões "turbo", alimentados e nutridos e, melhor, cheios de senso crítico e teoremas para todos os paladares, por que simplesmente não organizamos movimento(s) verdadeiros, desatrelados, sem convênios e subsídios, sem a mão do Estado e dos Partidos, sem "companheiros e camaradas" financiando nossas atividades? seria o acontecimento do século XXI se no Acre viesse a surgir tão interessante onda de movimento(s), sem peleguismos e ranços. Só não vale ficar da blogosfera receitando bula pros "famélicos e oprimidos da terra".Também não vale o "Trabalhadores Uní-vos", apenas do mundo digital.

Tô dentro se movimento(s) real desse(s) surgir.

Anônimo disse...

Onde está a esquerda?

No dia 1° de outubro, o escritor português provocou: "Imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, covardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo". Segue aguardando resposta.

José Saramago

Texto publicado pelo escritor português em seu site, O Caderno de Saramago, no dia 1° de outubro de 2008.

Demien disse...

"por que simplesmente não organizamos movimento(s) verdadeiros, desatrelados, sem convênios e subsídios, sem a mão do Estado e dos Partidos, sem "companheiros e camaradas" financiando nossas atividades? seria o acontecimento do século XXI se no Acre viesse a surgir tão interessante onda de movimento(s), sem peleguismos e ranços."
*

Ou seja: Por que não criamos uma ONG?

Demien disse...

"Autoritario" é um modismo conceitual, em voga ultimamente que Vem sendo usado para criticar qualquer governo. Sempre fico com um pé atras quando vejo o uso(indiscrimidado) desta palavra.

É licito na democracia o rearranjo de forças e a articulação politica. Sobretudo, em busca da manutenção do poder e da permanencia hegemonica da força politica X ou Y no controle e no dominio do poder estatal. Isto ao contrario do que muitos acreditam ou querem fazer parecer é propio e intrisico da politica. A democracia existe em função disso... viabilizar o equilibrio de forças, a auternancia de poder entre os grupos politicos e ideologicos distintos e não permitir o uso da truculencia e da força para perseguir, sufocar e aniquilar o opositor.

Pelo que me consta isto não acontece, aqui, no Acre. O que acontece é que temos uma força politica que emergiu muito recentemente e que tem sido reconduzida de forma sistematica ao poder por decisão de seus cidadãos.

Para mim é questionavel o poder publico possuir uma rede de comunicação, todo um complexo de midia, de sua propiedade, montado e estruturado para vender sua imagem e propagar seus feitos. mas não o é, se ele impede que fulano A ou B, alinhado a sua oposição, use estes meios para descer o sarrafo nele propio(governo),e acho isto justo. Seria autoritario se acaso ele impedisse o fulano A ou B de criticá-lo em um meio de comunicação privado qualquer. Pelo que me consta isto não ocorre. Caso eu tenha uma denuncia a fazer contra este governo, certamente a radio difusora não me dará espaço, mas o Blog do Altino, sim.

morenocris disse...

"Dois bons comentários"! Onde você está com a cabeça, Altino? Aproveita e no primeiro, coloca a sua opinião: o renascimento de Hitler, de Mussolini...

Ah, aproveita também e dá uma 'olhada' no livro de Frei Betto, Batismo de Sangue. Ele fala do fio na navalha.

Caramba, às vezes sinto vontade de esganar você, juro! Mas, fazer o que? Ninguém, é perfeito, não é verdade? No mínimo pode ser idiota!

É isso aí. Puxando a orelha vai-se caminhando...vc puxa de lá...outros puxam daqui...eita mundão!

Beijos.

Unknown disse...

O título do post faz juz, dois bons comentários mesmo.
Desde que o JV assumiu a prefeitura lá no inicio dos anos 90, vieram com ele essas palavras: perseguição, autoritarismo, reizinho, e por aí vai....

Minha visão do Gestão da FPA:
Claro que ainda temos maselas aos borbolhões no Acre, claro que eles controlam mesmo os sindicatos, as mídias são compradas, eles não mostram a cara como faziam antigamente o flaviano melo, como fez o romildo magalhães, principalmente quando ele romildo, foi na tv dizer que não tinha como pagar o funcionalismo público, equanto isso o filho dele o chelton comprava um lançamento na extinta acrevelimda. Como profissional liberal, eu não tenho muito contato com os movimentos sindicais, com as "lutas verdes" dos "chicomendistas", é verdade que não existe mais ninguem sobrevivendo unicamente da seringa.
Mas os assuntos acreanos vão muito além apenas dos assuntos indigenas, dos assuntos das resex, independete de ter alguem que se auto-declare o imperador do acre, nossa realidade deu uma virada 360º para melhor, o dinheiro circula mais no comércio, as obras que a galera diz que são maqueagem, já empregaram muitas e muitas pessoas e isso se multiplicarmos pela quantidade de familias, veremos que essa familias tinham uma renda mensal, meus clientes em particular, tiveram uma melhora no seu poder aquisito, isso porque, o funcionario público recebe em dia, isso reflete em dinheiro circulando, já que o estado é o maior empregados, isso pra citar apenas um exemplo.
Lembro bem quando eu vendia (e vendia muito) para os governo do Orlei e do romildo, era no mínimo 03 meses para eu receber, quase fali, tinha que colocar o valor do produto nas alturas e ter muito capital de giro para suportar os atrasos de pagamentos que era comum naqueles tempos, só recebi direito quem era da panela.
Eu sou profissional liberal, estudei e ralei pra chegar no padrão e na credibilidade dos meus serviços, e não estou nem aí se os presidentes de associações de classe vendem a almao ao diabo, não tow nem aí se as resex estão pegando fogo, claro que é modo de falar, porque se elas pegarem fogo mesmo eu estarei muito preocupado.
Que o JV e cia. não gostam de ser contrariados e por isso compraram quase todas as mídias (excessão do altino, espero) isso é a mais pura verdade. Mas eles trouxeram um padrão novo de gestão, que nunca tivemos no acre, e pelo que se vê na oposição da FPA teremos esse padrão de volta se eles voltarem ao poder.
Não sou partidário, tenho muito clientes que trabalham pro governo e consequente mente o governo me paga por intermédio, mas tv tenho muitos clientes na iniciativa privada, não tenho que defender a ou b, mas defendo sim, esse modelo da FPA de governar.
indio, resex, associações, o acre é muito mais do que isso.

Anônimo disse...

Essa "Paixão Amazônica" parece viver mesmo no mundo encantado das belas e cegas emoções. Mas como ela não está no Acre e não tem muita noção de certos processos vivenciados por estas bandas nos últimos tempos, temos que dar um desconto. Apesar de não combinar muito com esses tempos de globalização e de intensas trocas comunicacionais propiciadas pelas modernas tecnologias, acho que ainda vale a frase que diz mais ou menos isso: "a cabeça pensa onde os pés estão fincados" (não sei de quem é). Portanto, minha querida Paixão, se fosse você não dividaria de certas coisas como essas denunciadas aí atrás pelas índias. Aliás, já não entendi muito bem o seu comentário deixado naquele post do "Acre terá universidade do circo", que transcrevo abaixo:
Paixão Amazônica disse... "O projeto não 'parecia lindo demais', é simplesmente um projeto de mudança e envolve toda a sociedade, todos os profissionais de todas as áreas. Altino, dê uma chance a essa idéia de mudança. Fale-nos sobre ela. Não permita que uma palavra a destrua. Ele, o infeliz, já teve o que merecia. Na gestão do Edmilson Rodrigues, quando foi prefeito em Belém, foi implantado com sucesso, mas não chegou a tanto como o senador pretende, de criar uma universidade. Isso é fantástico. Faça um desdobramento deste post, vai. Eu sei que você é capaz disso. Se você soubesse o que significa 'mudança'...ah, se você soubesse! É uma sede secular! E vocês estão com a água aí!"

Anônimo disse...

Ô, Hercules,

Concordo inteiramente com alguns pontos de sua "visão" da gestão da FPA. Acho que ninguém quer de volta Orleir, Romildo, Flaviano e o modelo político que representam. A questão é que para quem atuou e lutou para derrubá-los, investindo muitas expectativas no projeto da FPA, hoje se vê demasiadamente frustrado com o rumo que isso tudo tomou, sufocando exatamente o nucleo social do qual ela diz ser herdeira e de onde certamente se nutriu. Você diz não ter nada a ver com reservas, florestas, seringueiros, índios etc., mas só gostaria de lembrá-lo que a fumaça das queimadas, muitas delas feitas nas florestas derrubadas nas reservas para plantação de gado, também chega até a cidade, prejudicando, inclusive, a saúde de seus filhos, ou você os proteje com máscaras? O desequilíbrio climático resultante da intensificação das investidas sobre as florestas, seja por seringueiros-madeireiros, pecuaristas, pequenos produtores etc, afeta a todos. Portanto, meu amigo, não tem escapatória não. Enquanto nós enfrentamos aproximadamente 40 graus de calor nos dias mais quentes, muitos dos figurões (alguns do governo) que lucram com isso nem moram aqui (estão na europa, nos EUA ou na Ásia), e os que moram vivem em seus carrões, casarões e escritórios com ar condicionado, enquanto o povão arde no calor. Eu, por exemplo, até posso pagar as prestações de um condicionador de ar, mas jamais teria condições de bancar o gasto de energia. Mas mesmo que tivesse, é num mundo assim que queremos vier e criar nossos filhos? Pensa aí se a tal da usina de alcool sair mesmo? Você acredita que eles irão respeitar a promessa de não queimar a palha para facilitar o corte? Eu, sinceramente, tenho minhas dúvidas. Como você mesmo diz, a questão é bem maior do que índio, seringueiro ou Resex. Ainda que por enquanto não diga respeito estritamente à nossa sobrevivência (preocupação sempre jogada para o futuro), refere-se, sem dúvida, ao nosso bem-estar nesse planeta e à melhoria dos dispositivos de representação e participação por meio da grande Política (como diria Gramsci), e que muitos dos procedimentos desses governos estão ajudando a aniquilar.

Unknown disse...

Caro anônimo 3:23 PM, quando eu me referi ás resex eu mencionei sim que me importaria se elas "pagassem fogo", isso eu me importo com certeza. A alcool verde não respeitaria mesmo os parágrafos do CONAMA, assim como todos os empreendimentos que ate hoje foram montados no nosso acre e no nosso brasil, por exemplo: os postos de lavagem, a degradação ambiental que eles causam é enorme e ninguem fez nada até hoje, isso para citar um diminuto exemplo, os meus filhos e toda a comunidade infantil e "geriátrica" da nossa cidade sofre com as queimadas, as fumaças e etc... mas está mais do que provado que para nós aqui do Acre, o grande causador dos dias "fumacentos" são os nossos vizinhos rodonienses, matogrossenses e bolivianos. Sobre os "aliados" de hoje, a história mostra que esse tipo de aliança vem de longe, os EUA deram dinheiro, armas e logística para o osaba bim lade expulsar os russos, o mesmo osama que mandou 3 aviões naquele famoso 11 de setembro, as alianças feitas hoje são o famoso mal necessário para se manter o famoso topo do poder, concordo plenamente que isso é imundo e nojento, mas veja, nunca houve e nem nunca haverá na história da humanidade um governo perfeito, livre da corrupção que o poder causa, sempre haverá governos corruptos e sempre haverá que levante os punhos contra eles, a coisa era na base da porrada, hoje o movimento é cibernético, como o que estamos fazendo aqui no blog.
Eu concordo que na gestão FPA existe muita sujeira a ser limpa, alianças que envergonham, mas continuo afimando, rui com esse governo, muito, muito pior sem ele.
Gostaria que meus filhos e netos pudessem tomar banho no rio acre como eu tomava, nos tempos em que eu pulava da "ponte nova", hoje não tenho coragem de me molhar naquelas águas, a culpa é do governo que não instala uma unidade de tratamento de esgoto, mas pensemos, será que daria para instalar uma unidade dessas em todos os pontos de poluição do rio acre, para salvar o velho rio teriam que retirar bairros inteiros de onde eles estão, ou seja, a culpa é tanto nossa quanto do governo.

Coletivo de Mulheres disse...

Outro Comentário

Senhor Amorim, realmente você precisa se interar sobre o que é ser índio, a partir de que critérios define quem é índio ou não, posso indicar Cezar Melati, onde você pode encontrar uma série de critérios para essa avaliação. E para seu conhecimento no Amônia, terra dos Piyãko, todos falam a língua ashaninka, português, e ainda, espanhol, devido forte contato com os demais Ashaninka que vivem em terras peruanas. E ao contrário do que afirma, como dizem os próprios Ashaninka, “não fomos nós que viemos para o Brasil, mas Brasil que veio até nós” e em se tratando de populações indígenas, não se pode ou deve afirmar que são índios daqui ou de lá, apenas como sabiamente Ailton Krenak fala em documentário “Índio no Brasil”, e não Índios do Brasil (outro material recomendado aos interessados pelo assunto) os indígenas não estão restritos aos nossos limites geográficos.
E a senhora Francisca Oliveira, conhecida como Dona Piti (pelo íntimos) não é cearense, talvez descente. Mas ela nasceu no rio Amônia, é uma ribeirinha que se apaixonou pelo senhor Antônio, que é indígena, o Kuraka Ashaninka do rio Amônia, que por sinal é uma mulher de determinação exemplar, forte e amável ao mesmo tempo, realmente admirável. Ela enfretou pessoas preconcetuosas para viver esse amor. Mas, o que ainda me admira é saber nos dias de hoje existam pessoas assim, que vivem na capital, letradas, porém com uma visão tão limitada. A Dona Piti realmente fez e faz história, ensinou seus filhos a falar português e lutar pelo seu povo, pelo seus ideais, mesmo que isso as vezes possa causar sentimentos não plausíveis em pessoas pouco conhecedoras de sua trajetória.
E quanto aos Huni Kui, que você denomina Kaxinawá, eles são maioria, atualmente somam mais de 6000 habitantes em terras acreanas (sem contar os do Peru, pois lá também tem Huni Kui).
Com relação ao Francisco Piyãko, com certeza o governo do estado não utilizou a milhagem acumulada para escolha Assessor dos Povos Indígenas, senão teria escolhido um Huni Kui, Manchineri ou mesmo Yawanawá. Também não utilizou a proporção de falantes da famílai Pano ou Arwak, para definir quem assimiria o cargo, mas com certeza uma série de critérios foram utilizados para analisar o perfil de quem estaria a frente da Assessoria Especial para os Povos Indígenas e um deles é respeitar todos os 15 povos indígenas que vivem no Acre.

morenocris disse...

Alô anônimo das 12:51. Sou Cristina Moreno, jornalista de Belém do Pará. Nào vivo no Acre, claro, e é óbvio(pelo menos pensei que fosse), que estava falando do pensamento de uma forma em geral. Retroceder, jamais. Foi isso. Mas, pelo post, em aberto, você pode interpretar da forma como quiser, não é isso?

Outra coisa, vou aproveitar a oportunidade e colocar os pontos nos iiiiissss. Faz tempo, troquei violão por violino e acabaram comigo aqui no blog do Altino. Estava claro o meu engano, não que não soubesse da diferença, mas vá lá, paguei os meus pecados. Legal, houve interação, é o que conta para mim. Voltei, pedi desculpas pra galera.

Recentemente, fiz um comentário sobre um post do caso do garoto pernambucano que falou coisas horríveis do Acre. Inclusive opinião do editor e da comentarista(dizia a mesma), que para falar de coisas sem importância era um mmoonnnte de comentários, mas, sobre, por exemplo, o 'isolado do Meirelles' ninguém falava nada. Fiquei um bom tempo sem visitar o Altino porque entendo que NINGUÉM, mas NINGUÉM, deve dizer o que A ou B ou C deve falar em blog, em que post, em que assunto...o campo é minado e está aberto. Fala quem quer o quer e como quer(depois assuma as consequências, se for o caso). Ah, e outra coisa, falar com o sr. Meirelles falarei, um dia...ele pode até fugir das flechadas dos índios isolados, mas de mim....

É uma pena que falo com alguém 'travestido' de anônimo! Lamentável. Sem ofensas.

O Blog do Altino não é do Acre. É da Amazônia e vivo nela. Pronto. Acabou. E quer saber? Amo a sua terra, muito mesmo. Ninguém pode dizer que ela é feia que a defenderei. Tá certo não moro aí, mas não quero o seu desconto. Agradeço.

Beijos.

Grupo de Choro Afuá disse...

Realmente Líbia tenho que me interar sobre o que é índio capitalista. Aliás, admiro muito os Ashaninkas, fiz até uma música que seria apresentado no último festival da UFAC, a letra está no livro de músicas, que infelizmente estava eu em Santa Rosa do Purus não pude apresentar; comprei quase todos os artesanatos Ashaninkas: DVDs, CDs, arco e flexa, até mesmo o último DVD do Acre: "A gente luta mas come fruta", que é citado que eles compram com verbas destinado a merenda escolar suas próprias produções, isto é, frutas, eles compram deles mesmos, como é isso? embolçar? Isso está no video de maneira bem clara. Sei da luta dos Ashaninkas do rio Amônia; só não sei a luta dos Ashaninkas do rio envira, porque esses já não estão na mídia. Para você ter idéia eu em outro site, notícias da hora, defendi os Ashaninkas que iriam fazer uma apresentação no festival varadouro, pesquisa no site. Em situação contrária, tenho total liberdade de comentar de forma negativa quando for necessário, porque senão posso ficar sujeito a sempre apoiar grupos que admiro, mesmo na hora do erro, isso não é admissível, não estou a venda. Mas você tem razão que tenho que me interar sobre o que é índio, no sentido implícito é claro.

Grupo de Choro Afuá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Grupo de Choro Afuá disse...

Líbia, em nenhum momento fiz críticas ao trabalho de Piti, falei que ela educou bem os filhos, realmente as escolas Ashaninkas ensinam o português quando o aluno tem 14 anos, mas como uma língua estrangeira. Você parece se contradizer, uma hora diz que não existe índio de cá e de lá, mas em outro momento fala que, Huni Kui, que tem a jibóia, yuba, como animal sagrado, ou Kaxinawa, povo do morcego, tanto faz, existe no Peru. Concordo com você, existe mesmo. No Rio Breu também existe, pergunto, eles tem internet? tem uma torre especialmente para possibilitar telefones? O que Piãko tem feito para melhorar as condições de vida desses outros povos, inclusive do mesmo município? O que ele tem feito ao movimento de mulheres indígenas? Veja no blog do Altino.

Anônimo disse...

PELA HONRA DESTA MULHER NOS ENCONTRAMOS EM APIWTXA.

Tradução do termo APIWTXA: Todos juntos.
۞


Txai Macedo

A Democracia não deve ser esquecida, a sinceridade a favor de quem conhecemos não pode ser omitida e conhecimento é sempre uma necessidade. Quem ta com Deus nunca ta só e só anda no escuro quem quer. Por amor, verdade e justiça apresento, a você txai, e aos seus leitores, meu ponto de vista a favor da honra de quem conheço e mora no coração do povo de Páwa Henokê.

Tradução do termo Páwa Henokê: Deus nas alturas.

Prezado Txai Altino Machado, bom dia Txai.

Neste momento escrevo para te informar sobre o 5˚ (quinto) Encontro de culturas indígenas do Estado do Acre e aproveito para te fazer alguns pedidos também muito sinceros e especiais. Porém, antes de qualquer coisa, levo até você informes importantes:

JOGOS E ENCONTRO

O 1˚ Jogos da Celebração e 5˚ Encontro de Culturas Indígenas do Acre realizado de 10 a 14 de outubro de 2008 na Aldeia Ipiranga da Terra Indígena Puianawa do Barão o qual recebeu dos próprios índios Puianawa o nome de fantasia Dinamã Êwê Yữbabu o que significa Floresta casa de todos nós, foi lindo, muito proveitoso e fundamentalmente importante no que se refere a necessária, devida e responsável revitalização e valorização das culturas indígenas tradicionais da diversidade indígena deste nosso Estado acreano.

Os povos indígenas, residentes seculares do Estado do Acre e da Amazônia legal, alem de representarem a diversidade e a riqueza cultural tradicional, as nossas raízes, são compostos por etnias pertencentes aos troncos lingüísticos Aruak (Ashaninka e Manchineri), Arawa (Kulina) e a grande maioria (Puianawa, Nukini, Nawa, Arara, Jaminawa, Katukina, Shãnenawa, Yawanawa, Cuntanawa, Jaminawa-Arara e Kaxinawa), sub-grupos das famílias panos falantes das línguas Hãtxakuז, Hãná, ãná e ãnda, juntos, realizaram sobretudo, uma grande e fantástica celebração etnoexportiva, competições saudáveis que aconteceram entre as diversas etnias indígenas que se reuniram na Arena da Aldeia Global organizada pelo povo indígena Puianawa com vistas a abrigar todas as delegações étnicas indígenas do Acre, especialmente aqueles que procurassem, como na verdade e com o espírito lógico esportivo e etno-cultural procuraram aquele recinto sagrado preparado para receber e manifestar tais culturas e tais valores.
Até o Txai Marcos Frota marcou sua valiosa e honrosa presença naquele local e com profissionalismo, simplicidade, jeito harmônico e sabedoria deu um belo show para os parentes presentes. Só não se fez presente quem não quis ou não pôde chegar naquele terreiro sagrado e reservado pelos anfitriões Puianawa para receberem nossa merecida diversidade indígena e não indígena neste nosso Estado de origens indígenas.
Txais e Shãnus, aqueles que não procuraram se fazerem presentes naquele lugar e naquele momento, certamente não ouviram antes Alberto Loro e Alberam Morais cantarem juntos com o povo indígena Nukê-Kuז a estrofe da musica BR – 364, especialmente a frase cantada que diz: Esta estrada vai te levar, a uma aldeia indígena. Esta linda musica foi composta por Alberto Loro em homenagem ao povo Nukê aqueles que os não índios lhes atribuíram à denominação Katukina.

Txai despreza a ira e viva com amor. Tu sabes txai, que o amor é divino e conforta. Eu não consigo acreditar que tu não te lembres com freqüência o que o Mestre ensina com coerência. Digo isto sem querer te ofender, mas, pelo que entendi ao ler um texto que eu considero deslocado e intitulado ײComentários de um anônimoײ não conheço ser do teu feitio não assumir o que escreve.

Quem é Nilton Amorim txai?

O que eu não aceito?:
I que este governo é mais autoritário do que os governos do passado. Que isso txai?.
II que para que alguém vomite sua ira contra seus adversários utilize-se enquanto salvo conduto o uso indevido dos nomes dos povos indígenas e dos seringueiros. III e pior que tudo é tomar conhecimento através de seu http:⁄⁄ altino.blogspot.com⁄, dos comentários de Nilton Amorim que eu em particular não o conheço e que se aproveita de sua guarida para falar mal de pessoas que conhecemos e que sempre mereceram nossas considerações e respeito.

TXAI,

O recado que eu mando agora através deste artigo que te escrevo, sem arrogância, sem prepotência e sem obrigações alguma de saber de como realmente funcione o espírito jornalístico é o que se segue:

I. Quer falar com Francisco Piyãko?, fala. Quer chamar o Francisco para o campo da honra como é o verdadeiro vocabulário praticado pelos povos da floresta o chame que eu tenho certeza que ele irá e saberá honrar sua pessoa e seu povo.
II. Que falar de dona Francisca (PITI) como ela nos foi apresentada pelo povo Asheninka fale primeiro com Antonio Piyãko esposo de PITI, pai de Francisco, Moises, IWẽki, Tôto, Dora, Alexandrina (Shaãtsy), Wêwito Valdecir,Tsirotsi, Irantxo, Sankori, Andréia e Kẽtxori. Antônio é sogro de Pôtxo e é o grande Líder Asheninka herdeiro do trono deixado por Samuel Piyãko.
III. Aquela não é uma mulher para ser julgada por qualquer endivido txai. Se você não é qualquer um como eu lhe considero que não seja. Diga a todos que não conhece a dona Francisca, a PITI que eu conheço e respeito, que ao se dirigir a ela da forma como aconteceu foi infeliz. Ao tocar no nome dela faca isso com sabedoria e respeito como eu faço. Isto não é pedestal não. É respeito e dignidade merecida por aquela pessoa que na banalidade registrada por vós em nome do desconhecido tanto desrespeita.
IV. Para maior clareza de todos aproveito o ensejo para apresentar dona Francisca (PITI) Antonio Piyãko e seus filhos: Não me sinto no direito de falar daquele povo sem falar antes de Samuel Piyãko.
V. Samuel Piyãko: Um grande líder e renomado Pajé tradicional. O maior espelho de organização política e espiritual da comunidade Asheninka que vive no Brasil. Que alias, não são apenas 430 Asheninka. Os Asheninka que vivem no território brasileiro somam mais de mil (1000) boas almas txai. No Peru existem mais 60.000 (sessenta mil Asheninka). Samuel Piyãko foi o primeiro Asheninka a vir morar no Rio Amônia e veio por opção própria. Não estava fugindo das guerras entre espanhóis e Atauapa, nem das missões religiosas e muito menos veio para explorar madeiras de lei. Antônio Piyãko não é um índio oriundo do Peru como vocês estão dizendo. Antônio Piyãko esposo de PITI é um Asheninka brasileiro e, sobretudo, acreano. Asheninka significa povo companheiro. Apiwtxa denominação do local onde vivem hoje os Asheninka significa todos juntos. Dona Francisca (PITI) não é cearense como vocês falam embora isto não lhe desabone. Ela é acreana nascida e criada nas margens do Rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo em meio a cultura Asheninka. Eu conheço seus pais e seus irmãos que por sinal vocês deviam conhecê-los antes de falar abobrinhas contra eles, uma vez que eles sempre procuraram ser amigos de todos que procuraram ser amigo deles.
VI. Dona Francisca ou PITI como vocês queiram chamá-la foi uma menina nascida às margens do Rio Amônia. Ali se tornou moça. Seguindo as tradições Asheninka, ela, aquela moça, a PITI, quando certa de que estava apaixonada pelo homem com quem ela queria casar-se o qual era Antonio Piyãko. De acordo como procedem todas as moças Asheninka, ela foi a Samuel Piyãko e pediu a mão de Antonio Piyãko a casamento. O que Samuel Piyãko, depois de se certificar de que aquela moça não índia tinha mesmo certeza de que queria casar-se com seu filho prontamente consagrou o desejo demonstrado pela moça de acordo com o que a natureza falou para ele ver e sentir. Como a recíproca é verdadeira, a partir daquele momento em total respeito à cultura dos não índios Samuel Piyãko reuniu com outras lideranças Asheninka foi a casa dos pais de Piti pedi-lá em casamento para seu filho Antonio, e ao mesmo tempo pedir a extensa família a integração real ao seu povo. PITI deve ter tocado PIOBIRENTSI muitas madrugadas para expressar sua verdadeira paixão por Antonio Piyãko. Piti a partir do nascimento de seu primeiro filho: Francisco Piyãko ordenou aos filhos seguir as tradições de seu avô e seu pai. E, assim foi feito e hoje pode ser comprovado por qualquer um que se disponha a conhecê-los de verdade. O que não se pode e nem se deve é falar de alguém sem conhecê-los como pude ver nos textos que andei lendo e que não pude concordar com o que li.

Quando a ética não se faz presente deixa todos descontentes:

Num outro texto que li, o qual está intitulado: Protesto de Mulheres Indígenas que eu tenho quase certeza de que as mulheres indígenas não fizeram isto. Ao que parece é mais uma obra peçonhenta. Foi ali declarada uma verdadeira ameaça à vida de Francisco Piyãko. Que irresponsabilidade é essa txai?. Como é que você permite que na sua coluna, no seu http:⁄⁄ altino.blogspot.com⁄ se faca ameaça a lideranças indígenas que conhecemos tanto aqui em nossa região. Sem arrogância e sem prepotência. Porém, na qualidade de Sertanista da Fundação Nacional do Índio – FUNAI cumpre aqui mais uma obrigação profissional da política publica obrigatória exigindo respeito à Legislação Indigenista Brasileira e Normas Correlatas quando peço a todos que deixem os índios se organizarem livremente. Querem ajudar aos povos indígenas ajudem empoderá suas divisões naturais e corriqueiras jamais txai.

Pois bem querido txai estou escrevendo para sugerir que se retrate e peça aos seus aliados para se retratarem também. Ao contrario é bom que se entenda, não estou ameaçando ninguém. Porem, dona Francisca (PITI) terá todo apoio necessário para se defender e garantir seus direitos de mulher e cidadã acreana e matriarca que ela é na comunidade Asheninka que ela vive, os ama e respeita.

Finalmente, na natureza é assim, quem quer colher só o bem só plante o bem no caminho. Cada um com sua beleza, com seu dom, seu estilo próprio seu espírito forte e muita certeza. O livre arbítrio é um direito para todos os brasileiros. Cada um tem um cabedal de acordo ao que Deus lhe dá, faça por merecer que Deus fará por todos sem se esquecer de nada.
Txai Macedo

Grupo de Choro Afuá disse...

Se realmente as mulheres indígenas não fizeram nenhum protesto, me retrato quanto aos comentários que eu fiz, pois fui motivado a escrever devido ao manifesto feminista. Volto a argumentar que admiro a cultura indígena e que respeito muito esse povo, mas não erros, seja de quem for. Quanto a minha pessoa, basta olhar a cor da minha pele. Minha vó é indígena, do Amazonas, em nenhum momento estou sendo preconceituoso quanto ao povo indígena, seria negar minhas origens, novamente volto a falar que fui motivado a escrever devido ao movimento das indígenas que nem sei se procede com a verdade. Admiro muito a dona Piti, queria eu ter sido filho dela, talvez eu seria alguém: "quem é Nilton Amorim"? admiro muito a cultura ashaninka, de coração. Quero também dá meus parabens aos familiares de dona Piti em Marechal Thaumaturgo, aliás Randinho, PMDB, ganhou para prefeito. Afinal, venho aqui pedir desculpas a todo povo Ashaninka e pedi para que o Altino retire meus comentários!

Coletivo de Mulheres disse...

Nilton (acho que já posso te chamar assim), primeiramente te felicito pela maturidade da decisão em se desculpar com o povo Ashaninka e especificamente com a Dona Piti. Conheço a realidade da Apiwtxa, não pela mídia, mas por ter trabalhado e convivido por mais de dois anos com aquela comunidade. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de conhecer as terras dos Ashaninka que vivem nos rios Envira, Breu, e igarapé Preto. Como falava, conheço a realidade, lutas e conceito que pautam aquele povo e suas lideranças, pois isso me voluntariei a esclarecê-lo, porque compactuo com a sabedoria popular que diz “ver de perto, para contar certo”, como sempre fala o Txai Marcelo. Ainda esclarecendo, não posso me furtar de comentar dois tópicos por você abordados:
A experiência de gestão da merenda escolar desenvolvida pela comunidade Apiwtxa é uma referência não só para o Acre, pois gera renda familiar, mas esse não é o objetivo principal, e sim, de ter merenda escolar de qualidade e sem alterar o cardápio do qual os povos estão acostumados. Esse repasse se faz através do governo federal as prefeituras e estados podem e devem ser encaminhados legalmente às cooperativas. Com relação a comunicação te afirmo que muito os Ashaninka tem articulado para que outros povos e comunidades desfrutem de tecnologias sociais, tanto fazem que recentemente o Ministério das Telecomunicações em parceria com o Ministério do Meio Ambiente através da Rede Povos tem possibilitado a instalação de telecentros em terras indígenas e resex. Outra iniciativa da Apiwtxa é o projeto apoiado pelo MINC através do programa Cultura Viva, onde serão instalados antenas e computadores em duas terras indígenas de Marechal Thaumaturgo, além de cursos de desenvolvimento de website e introdução a manutenção de hardware. Essas são apenas algumas iniciativas daquele povo, que não pensa somente no seu bem, tanto que sonhou e realizou um projeto inovador que é o IYorenka Ãtame – Centro Saberes da Floresta. Mas, esse quero convidá-lo (com autorização e sugestão do Francisco Piyãko) para conhecer de perto, quando fores novamente ao rio Amônia, vai até a Apiwtxa tomar piyarensti e conversar com Ashaninka.
Ah, aproveitando parabéns ao Handson pela eleição, para mim foi uma boa surpresa.

Anônimo disse...

COOPYAWA – Cooperativa Yawanawa

A cooperativa Yawanawa através de sua representação legal, vem a publico repudiar e condenar o ato irresponsável que Letícia Yawanawa, Maria Julia Yawanawa, Joaquim Luiz Yawanawa, Sebastião Manchineri (Saba), Ivanilde Shanenawa, Nazaré Apurina, Mario Kaxinawa e outros membros que verbalmente agrediram nos povos indígenas que moramos na aldeia e principalmente ao assessor dos povos indígenas junto ao governo do Estado do Acre Francisco Pianco e sua família. Segundo documento publicado no blog do Altino essas ditas pessoas fazem ameaça incriminosa contra a vida do assessor caso ele se aproxime de suas reuniões e assembléias. Isso e um absurdo, vocês não são Deus e nem justiceiros pra ter poder sobre a vida das pessoas, alem de ser um crime hediondo atentar contra a vida de uma pessoa, isso da cadeia.
A aldeia Nova Esperança e a Aldeia Amparo, sentem vergonha de vocês e desconhecem totalmente vocês como representantes. Falem de si mesmos, por conta própria, não envolvam o povo Yawanawa como se participasse com vocês dessa pouca vergonha. Não foi que seus pais ensinaramDocumento1 a vocês. Por que a dois festivais atrás o povo yawanawa na pessoa do vovo Raimundo Luis recebeu na aldeia nova esperança os lideres ashaninkas tomaram caiçuma juntos e fizeram um lanço de amor, amizade e respeito entre esses dois povos. Portanto, nos não temos esse povo como nosso inimigo. Pedimos ao Joaquim Luiz Yawanawa que pare de representar ou movimentar qualquer conta bancaria que pertença a cooperativa ou a OAEYRG, recentemente viajou pra Barcelona onde recebeu um premio no nome da COOPYAWA, foi escondido, porque não e mais representante legal dessa instituição, sabe Deus o que foi que ele recebeu, talvez algum recurso já que ele não para de comprar mercadoria e barcos velhos pras comunidades que ele representa. E ainda por cima de tudo tenta impedir a realização do Festival Yawanawa, e muita falta de vergonha. Se você não quer brincar, sorrir, nem se pintar, problema seu. Nos Queremos com toda nossa família, alem disso você mente quando diz que sabe fazer flecha, índio americanizado deveria voltar pra aldeia pra vê se aprende pelo menos a pescar de anzol. No Brasil você espalha documentos dizendo não representar a aldeia nova esperança e amparo, lá fora você mentiu. O povo Yawanawa sempre viveu independente de você, não precisa de você como representante você sim por 07 anos se beneficiou e nunca prestou conta dos recursos que vinham pra comunidade, prestação de contas nem pensar, você ficava chateado e com raiva quando falavam em tirar você do cargo junto com sua esposa que era a tesoureira das duas organizações, alias vocês dois eram tudo. Vocês não querem respeitar, também não serão respeitados, esqueceram que somos uma família, Vovo Raimundo Luis, vovo Maria, e minha avo que vem minha mãe, que e irmã de vocês 03, vocês esqueceram que tem filhos, tios, tias, primos e primas que lutam pra sobreviver na aldeia. Só pensam em si mesmos. Não ficaremos mais calados, tudo insuto será respondido, seja via internet, seja pelo Ministério publico pela forma da justiça, se e pra brigar então vamos acabar com tudo de uma vez por todas, mostrando quem e quem nessa historia. O nosso povo esta dividido e vocês são os principais culpados, se há mais culpados vai aparecer ao longo do processo. Todas as vergonhas serão expostas, tudo podia ter sido resolvida internamente, mas vocês não querem agora todas as pessoas vão conhecer nossos problemas e segredos sujos. E não adianta dizer que não tem, por que tem. Os nawas vão ri de nos. Nos povos indígenas lutamos por nossos direitos juntamente com outros povos e assim fazemos alianças com nossos parentes. Devemos respeito aos mais velhos, lembrando sua luta e suas conquistas. Hoje nos que somos filhos deles fazemos vergonha com nossas atitudes.
Ao povo Ashaninka, dona Piti, seu Antonio Pianco e toda sua família todo nosso respeito e nossas desculpas. Quem não conhece sua luta julga, mas quem conhece respeita.
Ao governo do Estado do Acre e sua equipe, um pequeno esclarecimento.
Nos Yawanawa das Aldeias Nova Esperança e Amparo não toleram e nem aceitamos esse tipo de representação e muito menos vindo dessas pessoas que sem causa tentar manchar o trabalho que o governo vem fazendo em nossas terras, ate hoje todos nossos pedidos foram aceitos e somos sempre muito bem atendidos e ouvidos por suas secretarias, não temos e não e de nossa postura atentar contra vida de ninguém, nem atacar de forma suja e vil o governo. Lembramos da ida do ex governador Jorge Viana que passou um dia e uma noite conosco juntamente com sua filha, seus amigos e seu irmão Tiao Viana, afirmou que e nosso amigo assim como o povo Ashaninka e. Lembramos que sempre nos ajudou e nos recebeu em seu gabinete por varias vezes pra tratar assuntos de diziam respeito ao nosso povo. Com que cara nos Yawanawa vamos falar palavras levianas e sem compromisso. Dizemos com certeza que essa atitude não e de meu avô Raimundo Luiz liderança tradicional. Tata que e o pajé, Yawarani que e o pajé Vicente, nossos velhos, crianças e mulheres nem sabem o que as pessoas de ma fé estão fazendo usando seus nomes para se promover. Todos estão trabalhando no festival, uma festa que todos já conhecem. Pedimos ao governo que também não se cale, trate duramente com essas pessoas que não representam legalmente esses povos e principalmente o povo Yawanawa.


Edna Luiza Alves Yawanawa
Presidente da COOPYAWA
Aldeia Nova Esperança




Aldeia Amparo

João Inácio da Silva filho
Liderança da Aldeia Amparo
Vice coordenador da OAEYRG

Anônimo disse...

PRA DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES

Salve salve a todos da floresta do Acre e do Alter do Chão Paraense.

Acabo de voltar de uma viagem maravilhosa, um verdadeiro paraíso.. Me lembro a primeira vez, que trouxe minha esposa Laura para visitar a comunidade em 1999, me disse nesta oportunidade, que se na aldeia não tivesse piuns, meruins e carapanãs seria um paraíso... Chegando nas belíssimas praias do Alter do Chão, próximo a Santarén no Pará, sem sentir um piun e um meruin, lembrei logo da minha esposa.

Fiquei desde o começo da semana sem comunicação por telefone e internet.. estava num excurssão internacional sobre mudanças climáticas com os grandes pensadores do milênio, incluindo Jeff Skoll diretor do filme Verdade Inconveniente, tendo como protagonista o vice ex-presidente dos Estados Unidos Al Gore, o documentário que despertou o mundo sobre os problemas com o aquecimento global e as mudanças climáticas. Muita coisa boa vem por aí.

Cheguei hoje, voltei de cabeça fresca, sem saber da guerra virtual, das flechadas entre índios e até brancos "expertos e não expertos da questão indígena dando seus palpites" na briga de índio.. Voltei de espírito renovado, com uma energia de alto astral, depois de tomar muito rapé nas noites das grandes praias do Alter do Chão.

Por incrível que pareça vinha houvindo Bob Marley entre Santarén a Rio Branco, houvia exatamente a música "Babylon System" do CD Survival de 1979, no qual a letra diz "nós recusamos ser o que eles querem. Nos Somos o que somos......" Estava quase dormindo, ao houvir a letra, repeti a música e prestei atenção nela até o final. Podem tentar tirar tudo da gente, menos a nossa dignidade. Se existe um movimento para desqualificar suas lideranças como forma de se manter no poder, esse poder fictício vai acabar e nós vamos continuar sendo povo indígena. Sobrevivemos a colonização, sobrevivemos a tudo. A nova colonização e uma escravidão mental promovida pelos intereses religiosos, governos, políticas, que sutilmente nos querem influenciar para fazer o que eles querem. Temos que ser inteligentes para entender isso e não cair no canto da sereia, de repente, achar que as pessoas que mais nos ajudaram, são os nossos maiores inimigos. Os nossos inimigos são os outros.

Ultimamente tenho sentido a leveza da brisa tocar na minha face com o ar de liberdade. Por isso ando de sandálias havainas nas ruas de Rio Branco, saudando um amigo aqui e outro alí. Subo o Rio Gregório parando na aldeias. Não devo nada a ninguém e nem ninguém me deve nada, assim desfruto a cada minuto desses lugares como se o amanhã fosse hoje. Desfruto da confiança de muita gente que conhece bem pelo que sou e não pelo que falam de mim.

Sempre tenho dito que a riqueza que Deus me deu nesta terra, é ter nascido no meio de um povo tão lindo como Yawanawa, e os inúmeros amigos que tenho espalhados pelo mundo, do qual tenho a honrra de tê-los no círculo de minhas amizades, amigo é aquele que Deus põe no seu caminho... Minha relação com meu povo nunca foi de trabalho, sempre foi uma relação de compromisso de vida. Para aqueles que não me conhecem, sou filho de Raimundo Luis Tuin Kuru, grande chefe tradicional Yawanawa, filho de Antonio Luis, grande pajé e o maior chefe tradicional que o povo Yawanawa já teve em sua história. Tatá e Yawarani são meus dois grandes amigos e guias espirituais.

Chegando a Rio Branco, ainda com preguiça, fui me atualizar das notícias acreanas e para minha surpresa, encontrei um e-mail do Altino, me enviando um comentário de repúdio assinado por Édina e por Inácio, a qual tenho estima consideração. Lendo a carta me deu vontade de provocar por tanta baixaria e inverdades contidas na carta.

Primeiro de tudo, quando eu escrevo qualquer artigo seja ela de elogio ou crítica, assino embaixo... não sou de me esconder atrás de outras pessoas para dar minha opinião. Sou defensor da livre expressão, vivemos num pais democrático, assim sendo ponho ela em prática ao pé da letra.

Nunca fui e não sou parte do movimento de mulheres (até gostaria se me aceitarem um dia, mais teria que mudar de sexo, então prefiro continuar venerando e admirando todas mulheres do mundo, em especial minha mãe e minha mulher). A carta enviada pela comissão provisória das mulheres sobre a realização de uma assembléia, sem uma convocatória pré-agendada e com a participação de todas as mulheres indígenas do Acre, sul do amazonas e noroeste de Rondônia são meramente de responsabilidade delas. O conteúdo da carta e os comentários deixado no blog são de total responsabilidade de quem escreveu...

A lição de valores e moral que tentam re-passar me comoveu tanto, que vou imprimir e levar comigo na segunda-feira para Cruzeiro do Sul, onde vou me encontrar com as 5 lideranças e compartilhar com elas. Vou mostrar a eles, eles vão julgar quem está envergonhando o povo Yawanawa. Quem sabe todos podemos está errado e podemos aprender com vocês. Já que vocês afirmam várias vezes que é uma pesoa da aldeia. O fato de eu ter morado em vários partes do mundo, o fato de eu me relacionar com o mundo fora da aldeia, não me faz sentir menos Yawanawa de que ninguém dar aldeia. Ao contrário isto tem sido motivo de inspiração de todo meu trabalho junto ao povo Yawanawa. Vou polpar meu tempo e deixar que os velhos e lideranças da aldeia respondam a vocês diretamente.

É de conhecimento de todos, que desde o dia 08 de Junho de 2008, não faço mais parte da organização Yawanawa e da Cooperativa Yawanawa, nem tão pouco essas duas organizações representam todo o povo Yawanawa. Desde então, as 5 comunidades ao longo do Rio Gregório criaram uma nova organização a Associação Sóciocultural Yawanawá - ASCY para representa-lo juridicamente, a qual estou a frente com uma nova diretoria. Desde esta data, eu não tenho acesso a nenhuma conta da organização Yawanawa e da Cooperativa, repassei para o Aldaíso Vinyya toda informações bancárias.

Nunca me escondi de ninguém. Quem me conhece, sabe muito bem onde me encontrar. Ando muito ocupado viajando entre as aldeias da Terra Indígena do Rio Gregório e a aldeias do mundo globalizado. Mais todos sabem onde moro, onde me encontrar. Tenho feito muitas conexões, que resultam em trabalho e novas parcerias. Esse ano tem sido um ano muito abençoado, ando colhendo frutos do trabalho que tenho feito nesses últimos anos da minha vida. Muitas portas tem sido abertas, cada dia se abre mais.

Dois anos atrás, fui convidado pela Nações Unidas para concorrer a um prêmio de empreendedores sociais da UNpd, quando ainda estava como presidente da Cooperativa Yawanawa, o resultado saiu este ano. Fui contemplado. Fui a Barcelona recebê-lo, foi um merecimento. Deixei claramente que não fazia mais parte da Cooperativa Yawanawa aos coordenadores do prêmio. Se por ventura necessitasse usar o nome da cooperativa o faria sem nenhum receio, fui eu quem fundei a COOPYAWA. Pois diferente desta diretoria "non grata", todo meu povo tem carinho e respeito por mim. Então prestem bem atenção quando falam em nome de todo povo Yawanawa.

Os demais questionamento, não vou estragar meu final de semana, tentando me justificar as acusações mentirosas e infundadas, onde posso aproveitar e curtir minhas filhas. Não vou dar o luxo de responder a uma pessoa desequilibrada, tomada de ódio que está saindo em defesa do cunhado assessor indígena (da família do cunhado) a todo custo. Se ninguém falar, as pedras falaram por si. Não tenho nada pessoal contra a pessoa do Francisco e de sua família, meu ponto de vista, minhas inquietudes, fiz oficialmente através de um memorando ao governador Binho Marques, no qual expresso minha preocupação de como está sendo conduzida a política indígena pelo assessor indígena Francisco Pianko.

Tenha todos um bom dia, vou aproveitar o final de semana para ficar com a família, pois cheguei hoje e já sigo na segunda pra Cruzeiro para me encontrar com as 5 lideranças Yawanawa.... se não parar de viajar e me dedicar a família, corro o risco de um dia voltar e encontra a casa vazia e a família no México.

In
Peace

TASHKA YAWANAWA

Anônimo disse...

Com a permissão dos espíritos de nossos ancestrais, aqui vou eu. Somente para dizer umas palavras.
Está muito interessante essa conversa virtual, ninguém se ver ou se encontra mesmo. Mais também seria interesse uma vista cara a cara não acham? Alguém estaria trêmulo, uns enfurecidos, outros sorridentes, calmo e sereno. E eu que gosto de uma boa ação, faço aqui uma letras aos amigos e amigas.
Oh, minha querida Edna, coitada, não precisar ser usada tão abertamente. Sabe, eu nem sabia se as mulheres estaria fazendo um manifesto, mas fama é fama em quem é rei nunca perde a majestade, lhes agradeço por lembrar de mim, também tenho muito carinho por todos os irmão indígenas e é por isso que os devendo de corpo e alma e até hoje não me vendi nem minha carde e nem minha alma.
De fato apoio inteiramente o manifesto, pois esse governo já bagunçou depois com os povos indígenas e aqui neste acre existem líderes e devem ser respeitados.
Mas também quero ti dar um conselho e aos que ti usaram para assinar o texto. Estar em uma cidade nos menos ou mais índios, então o que dizer de alguém que nasceu e viveu na “Aldeia Tarauacá”, segue uma religião ocidental...? Pois é, para ver o defeito dos outros primeiro eles tem que existir e segundo o seu deve ser menor.
Ao meu parente João Inácio da Silva filho, não lhe conheço, mais terei o prazer de tomar Kamalampi (Huni) com você.
Que os espíritos limpem os corações e ajudem desses filhos, que por não ter onde se firmar aceita as migalhas que cai das mesas dos outros.
Sebastião Manchineri (Sabá)

Anônimo disse...

Com a permissão dos espíritos de nossos ancestrais, aqui vou eu. Somente para dizer umas palavras.
Está muito interessante essa conversa virtual, ninguém se ver ou se encontra mesmo. Mais também seria interesse uma vista cara a cara não acham? Alguém estaria trêmulo, uns enfurecidos, outros sorridentes, calmo e sereno. E eu que gosto de uma boa ação, faço aqui uma letras aos amigos e amigas.
Oh, minha querida Edna Luiza Alves Yauanawa, coitada, não precisa ser usada tão abertamente. Sabe, eu nem sabia se as mulheres estariam fazendo um manifesto, mas fama é fama e quem é rei nunca perde a majestade. Lhes agradeço por lembrar de mim, também tenho muito carinho por todos os irmão indígenas e é por isso que os defendo de corpo e alma e até hoje não me vendi minha carne e nem minha alma.
De fato apoio inteiramente o manifesto das mulheres, pois esse governo já bagunçou demais com os povos indígenas e aqui neste Acre existem líderes e devem ser respeitados.
Mas também quero ti dar um conselho e aos que ti usaram para assinar o texto. Estar em uma cidade nos deixa menos ou mais índios? Então o que dizer de alguém que nasceu e vive na “Aldeia Tarauacá”, segue uma religião ocidental...? Pois é, para ver os defeitos dos outros primeiro eles tem que existir e segundo o seu deve ser menor.
Ao meu parente João Inácio da Silva filho, não lhe conheço, mais terei o prazer de tomar Kamalampi (Huni) com você.
Que os espíritos limpem os corações e ajudem esses filhos, que por não ter onde se firmar aceita as migalhas que cai das mesas dos outros.
Sebastião Manchineri (Sabá)

morenocris disse...

Caramba, este post foi o máximo. Porrada para todos os lados. Estou via blog Apiwtxa. Como é a pronúncia: apiutcha? ou apita? posso cumprimentar vc ou qualquer pessoa como txai? ou tai?

Beijos.

Adoro o blog deles.