domingo, 15 de março de 2009

SER ACRIANO OU NÃO SER ACREANO

Eis a questão

Conversa breve com o jornalista Aníbal Diniz, secretário de Comunicação do governo do Acre, a respeito do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (leia) que tenta transformar os acreanos em acrianos:


- Vamos voltar a grafar acreano. Não faço idéia de quem começou essa história de acriano. Concordo integralmente (leia) com o Toinho Alves. Cumprir as regras da língua portuguesa é extremamente difícil - disse.

- Mas o marketing estatal e a Agência de Notícias do governo do Acre já se renderam à mudança. E agora? - indaguei.

- Houve precipitação do nosso pessoal. Talvez seja possível um acordo com todos os veículos e sites para que não haja duas grafias para o mesmo termo.

Meu comentário: um anônimo deste blog observou que o tratamento "acriano" é a única regra do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa cumprida por jornalistas e marqueteiros do governo estadual. Este blog vai continuar escrevendo "errado". E o paulista Binho Marques, governador do Acre, agora é acriano ou acreano?

17 comentários:

Anônimo disse...

Altino, "acriano" deveria ser usado apenas pra identificar o pessoal que o governo do PT importou de fora em detrimento dos acreanos.

ALTINO MACHADO disse...

OK! O pessoal que foi importado. Ninguém importa de dentro. E "importar de fora" é redundante.

Anônimo disse...

Bem,
Fiquei todo "besta" de ver meu comentário ser citado em um texto do seu Blog.

Índia disse...

Eu nunca soube que acriano fosse correto, sempre que alguém escrevia assim achava que estava errado. Pra mim é, foi e sempre será ACREANO.

Anônimo disse...

Por causa dessa confusao otorrinolaringolografica e que ja tem gente chamando os companheiros de pitistas. Vamos esperar o que os marqueteiros decidem. Ele decidem se o Angelim usa oculos ou nao, eles decidem se a dengue eh culpa do povo ou do governo. E vamos parar com essa bobangem de querer adivinhar quem serao os candidatos, eles vao decidir isso quando quiserem.

Anônimo disse...

Acho que quem disse que os jornais e a estatal agência de notícias do acre só adotaram o acriano da nova ortografia não deve ser um leitor assíduo, pois pelo que vi eles têm adotado as outras regras sim, como voo sem acento, infraestrutura sem hífen ,estreia e assembleia sem acento... o problema é que quando o acriano vem com "i" ele abafa todas as outras que estão no texto, é só ler com mais atenção, quem sabe a implicância com bendito acriano não passa...se as provas de concurso e as próprias escolas já estão fazendo as adaptações pq não os jornais fazerem o mesmo?e pq não reclamaram antes de ter sido sancionada a lei e tudo mais?

Anônimo disse...

Não trata-se de aceitar nada, é a nova regra e pronto! Quanta falta de assunto meu deus, enquanto isso os politicos aqui cada dia mais ricos e ninguem fala nada. Parabens!

Anônimo disse...

Antes dessa lei ser aprovado, vários estudiosos da língua portuguesa já identificavam essa grafia de Acreano. Agora virou lei e está de forma correta, assim como Iraquiano e não Iraqueano. Outra, a coisa mais correta a ser feita é o jornal e meio de comunicação aderirem o mais rápido possível essa nova ortografia, pois assim os leitores vão se adaptam e não erraram mais na frente em um concurso ou vestibular.

Já que foi tão rápida quando vocês sugerem que seja?

TCastela disse...

O ruim é o povo se acostumar com a nova regra ortográfica sem nem mesmo ter se acostumado com a velha, vide comentário acima cheio de erros! Eu sou Acreano, e gosto da nossa língua portuguesa!
Uma opinião que tenho é que com o advento da popularização da informática, alguns que não gostavam muito de escrever, agora não gostam nem um pouco, e aqueles que liam alguma coisa, agora assistem vídeos comédia no youtube, vivem de "ser popular no orkut" e "chateiam" (sentido de conversar e de chatear) no MSN!
Altino, abraços!
Tiago Castela

Grupo de Choro Afuá disse...

Enquanto ficamos discutindo Reforma Ortográfica besta, não tem nada de complexo nessa reforma, acontece que por detrás dos panos "ELES" reformam as leis que muitas vezes são para nos prejudicar e ninguém fica discutindo muito ou sabe a fundo o teor das leis. Por exemplo, se eu dá um tapa num cidadão que xingar minha mãe agora não terei cela especial, ficarei em cela juntos com outros condenados "pós-doutores no crime". Quanto a Reforma Ortográfica, concordo completamente, a Língua Escrita tem que se aproximar o quanto antes da Língua Falada, como as leis que deveriam também atender a realidade do país. Vamos discutir outras leis, vamos discutir outras situações, senão ficaremos "dando milho as pombos e tudo isso acontecendo".

Cartunista Braga disse...

Negrada, vamos fazer o seguinte, acriano fala quibe e acreano fala quêbe.

Grupo de Choro Afuá disse...

Mandou bem Braga!! Muito bom!!

Grupo de Choro Afuá disse...

Acreano fala prEvilégio.

Francisco Lopes disse...

Que tal mudar o nome do Estado do Acre para ACRI? Assim acaba o debate.

Nuvem de Algodão disse...

Querido, a palavra "acriano" sempre existiu. Acontece que sempre houve resistência de alguns gramáticos em aceitá-la. O VOLP(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)regsitrou a forma "acreano". Os linguistas modernos, aproveitando as mudanças na ortografia da Língua Portuguesa, no caso o professor Antônio Houais, mediador do Acordo Ortográfico No Brasil, registrou a forma "acriano", que é a certa. Compare: Iraque: iraquiano, logo não nenhuma razão para que haja "acreano". Portanto, use-a ,e não estarás infringindo o português padrão, pois esta é a certa e chegou em boa hora para alegria daqueles que gostam de uma língua escrita sem aberrações.
A palavra "acreano" não está no dicionário; portanto não está correta. Abraços

GERA disse...

Ainda ninguem explicou porque o ACREANO virou ACRIANO, afinal qual foi a regra ortográfica fez a mudança na palavra acreano.

ALTINO MACHADO disse...

GERA: você saberia caso tivesse lido o post com atenção. Ou o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Veja esse trechinho dele:

"Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula -iano e -iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano e -ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde -ano e -ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]".